Uma grande operação das forças de segurança do Rio de Janeiro transformou a manhã desta terça-feira (26) em cenário de guerra na Zona Norte da capital. A ação, que mobilizou policiais civis e militares, provocou intensos confrontos em comunidades como Serrinha, Juramento, Fubá e Campinho, com reflexos também no Complexo da Penha.
Durante os tiroteios, um sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi atingido na perna esquerda e socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas. No mesmo hospital está internado o taxista Robson Lopes Teixeira, de 49 anos, baleado nas proximidades do Carioca Shopping, na Vila da Penha. Ambos permanecem em estado estável.
A operação, batizada de “Contenção”, teve impacto direto na rotina da população: 57 escolas suspenderam as aulas e 11 unidades de saúde interromperam atendimentos. O saldo da ação incluiu ainda a prisão de três suspeitos, a apreensão de um fuzil e drogas, a recuperação de veículos roubados e a destruição de 18 seteiras — aberturas usadas por criminosos para disparar contra rivais e forças policiais.
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a ação busca frear o avanço do Comando Vermelho (CV) em direção à Zona Oeste. “Óbvio que a gente não quer efeito colateral algum. Tanto o policial quanto o taxista poderão estar de volta em breve. Mas o trabalho não vai parar. A segurança pública seguirá firme”, declarou.
De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-Cap), os confrontos refletem a disputa entre o Comando Vermelho (CV) — sob liderança de Edgar Alves de Andrade, o Doca — e o Terceiro Comando Puro (TCP), comandado por Wallace de Brito Trindade, o Lacoste, e William Yvens da Silva, o Coelhão.