O Governo do Rio de Janeiro iniciou uma ação preventiva para enfrentar possíveis casos de intoxicação por metanol. Nesta segunda-feira (6), a Secretaria Estadual de Saúde (Ses-RJ) recebeu a primeira remessa de etanol farmacêutico, medicamento utilizado como antídoto em situações de envenenamento pela substância. O envio foi realizado pelo Ministério da Saúde, após registros da doença em outros estados do país. Até o momento, não há casos confirmados no território fluminense.
De acordo com o governador Cláudio Castro (PL), a medida faz parte de um esforço de antecipação do governo para garantir que a rede pública esteja pronta para atender eventuais pacientes.
“Estamos nos adiantando para proteger a população. Além de garantir o tratamento, nossas equipes estão nas ruas fiscalizando e coibindo a venda de produtos adulterados”, declarou o governador.
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, destacou que a rapidez na administração do antídoto é essencial para o sucesso do tratamento. Segundo ela, o estado está monitorando a situação e orientando os municípios sobre os protocolos de atendimento.
“Estamos preparados e acompanhando de perto. É importante que a população evite bebidas sem procedência confiável e procure ajuda médica caso surjam sintomas”, alertou Mello.
Sinais de alerta e atendimento especializado
A intoxicação por metanol pode se manifestar nas primeiras horas após a ingestão de bebidas contaminadas. Entre os sintomas estão visão turva, dor abdominal, enjoo, tontura e vômito. Nos casos mais graves, o quadro pode evoluir para cegueira permanente e até óbito.
O Hospital Estadual Anchieta, localizado no bairro do Caju, na Zona Portuária do Rio, foi designado como unidade de referência para o atendimento desses casos.
Além disso, a Ses-RJ orientou as unidades de saúde a redobrarem a atenção para possíveis sinais clínicos de intoxicação e determinou que amostras suspeitas sejam enviadas ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ). O laboratório firmou uma parceria com a Unicamp para reforçar as análises e garantir resultados rápidos e precisos.
Com essas ações, o Rio de Janeiro busca fortalecer sua rede de vigilância e resposta rápida, evitando que o estado enfrente situações semelhantes às registradas em outras regiões do país.